Autônomo digital: como faturar, declarar e não cair na malha fina

Por jean

6 min. de leitura

26/12/2025

A vida de um autônomo digital costuma parecer bastante livre: ele define seus próprios horários, presta serviços a vários clientes e não precisa se preocupar com patrões ou escritórios.

Mas essa liberdade também traz responsabilidades, principalmente no que diz respeito à regularização fiscal e contábil da atividade.

Sem a devida atenção, o profissional corre sérios riscos de cair na malha fina, pagar multas ou responder por omissão de receitas.

Neste texto, vamos explicar o que é um autônomo digital, como ele deve organizar sua rotina de faturamento, quais são as obrigações fiscais envolvidas e quais caminhos existem para atuar de forma legal, eficiente e segura.

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O que é um autônomo digital?

O autônomo digital é um profissional que presta serviços ou vende produtos por meio da internet, sem vínculo empregatício com os contratantes.

Apesar da informalidade que envolve muitas dessas atividades, a prestação de serviços digitais é plenamente reconhecida pela legislação brasileira e pode (e deve) ser formalizada.

Alguns exemplos de serviços comumente realizados por autônomos digitais:

  • Produção de conteúdo para blogs, sites e redes sociais
  • Design gráfico e identidade visual
  • Edição de vídeos e produção audiovisual
  • Programação e desenvolvimento web
  • Gestão de tráfego pago e campanhas de mídia online
  • Consultoria em marketing digital
  • Tradução e revisão de textos
  • Ensino e mentoria online
  • Produção e venda de infoprodutos (ebooks, cursos, templates, etc.)
  • Fotografia e tratamento de imagem digital
  • Serviços de SEO (otimização para mecanismos de busca)
  • Criação de landing pages e funis de vendas
  • Produção de podcasts e gestão de conteúdo em áudio

Quais os riscos da informalidade para o autônomo digital?

Quem atua sem CNPJ, sem emitir notas fiscais e sem declarar os rendimentos à Receita Federal corre uma série de riscos:

  • Bloqueio de contas bancárias por movimentações incompatíveis com a declaração de IR
  • Multas por omissão de receitas
  • Dificuldade para comprovar renda em financiamentos, aluguel de imóveis e vistos internacionais
  • Impossibilidade de emitir notas fiscais, o que afasta clientes empresariais
  • Risco de autuação por exercício irregular da atividade econômica
  • Perda de oportunidades de parcerias e contratos com empresas que exigem formalização profissional.

Como faturar legalmente sendo autônomo digital?

Agora que ficou clara a importância de regularizar a sua atuação como autônomo digital, chegou a hora de saber como fazer isso.

Existem basicamente três formas de atuar de maneira regularizada: como pessoa física, como MEI ou com um CNPJ. Entenda melhor a seguir.

1. Como pessoa física (autônomo informal ou contribuinte individual)

O profissional pode prestar serviços como pessoa física e declarar seus rendimentos no Imposto de Renda como “rendimento de trabalho sem vínculo empregatício”.

Nessa modalidade, é necessário:

  • Receber RPA emitido pelo tomador do serviço (a empresa contratante é quem emite o RPA, por ser responsável pelas retenções legais)
  • Contribuir ao INSS como contribuinte individual, observando a alíquota correspondente (20% sobre a base de cálculo, respeitando limites legais, ou alíquotas reduzidas previstas para planos simplificados quando aplicáveis)
  • Recolher IR mensal via carnê‑leão apenas quando receber de pessoa física ou do exterior. Quando o pagamento é feito por pessoa jurídica mediante RPA, o imposto é retido na fonte pelo tomador, quando devido.

Essa forma é viável para quem fatura pouco e tem poucos clientes, mas é menos vantajosa em termos tributários.

2. Como MEI (Microempreendedor Individual)

Se a atividade estiver dentro das opções permitidas pelo MEI e o faturamento anual for de até R$ 81 mil, essa é a opção mais simples e barata.

Com o MEI, o profissional tem:

  • CNPJ próprio
  • Emissão de notas fiscais
  • Pagamento de tributos fixos mensais via DAS
  • Direito a benefícios previdenciários.

No entanto, atividades intelectuais como marketing digital, TI e produção de conteúdo geralmente não se enquadram no MEI.

3. Como SLU (Sociedade Limitada Unipessoal)

A SLU é a opção mais completa e profissional.

Permite atuar com qualquer atividade, emitir notas fiscais, contratar equipe, abrir conta bancária empresarial e escolher o regime tributário mais adequado (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real).

Com a SLU, o profissional tem separação entre o patrimônio pessoal e o da empresa, maior credibilidade e acesso facilitado a serviços financeiros.

4. Como EI (Empresário Individual)

O EI é outra alternativa para quem precisa atuar como pessoa jurídica, mas não quer ou não pode se enquadrar como MEI.

Assim como a SLU, o Empresário Individual tem mais liberdade para escolher atividades e pode ter faturamento superior a R$ 81 mil, mas responde com seu patrimônio pessoal pelas dívidas da empresa.

Como declarar os rendimentos como autônomo digital?

Os valores recebidos devem ser registrados e, quando houver obrigação de apresentar a declaração do Imposto de Renda, informados como tributáveis, isentos ou tributados exclusivamente.

 

A forma depende da opção de formalização adotada:

  • Pessoa física: utiliza carnê-leão para rendimentos recebidos de pessoa física ou do exterior
  • MEI: não paga IR sobre os rendimentos da empresa, mas deve declarar os lucros isentos na declaração anual de pessoa física
  • EI e SLU: seguem regras de pessoa jurídica conforme o regime adotado (Simples, Presumido ou Real), com pró-labore tributável e lucros distribuídos isentos até o lucro apurado.

O ponto-chave é manter organização: registro das entradas, saídas, documentos fiscais e extratos bancários.

Como não cair na malha fina sendo autônomo digital?

Evitar a malha fina exige disciplina e atenção aos detalhes.

Veja boas práticas para manter a regularidade:

  • Informe todos os rendimentos, inclusive os recebidos via Pix e plataformas digitais
  • Utilize uma conta bancária exclusiva para a atividade profissional
  • Emita nota fiscal sempre que prestar serviço
  • Guarde comprovantes de pagamentos e contratos com clientes
  • Pague corretamente o INSS e o IR mensal (se atuar como PF)
  • Conte com o apoio de um contador para revisar e entregar a declaração de IR.

Lembre-se: movimentações bancárias são monitoradas e cruzadas com informações da Receita Federal. 

O uso de plataformas digitais, mesmo internacionais, também é rastreado.

Como a Contabilix pode ajudar os autônomos digitais?

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