O que colocar no capital social? Exemplos de erros que podem prejudicar a sua empresa

Por jean

5 min. de leitura

05/11/2025

Se você acha que, na hora de abrir uma empresa, pode colocar qualquer coisa como capital social, temos alguns exemplos para desencorajar esse descuido.

A negligência em relação a essa informação do contrato social pode comprometer a estrutura jurídica, a credibilidade e até a viabilidade financeira do negócio.

Neste artigo, você verá exemplos dos principais erros de capital social mal definido, além de entender como evitar armadilhas que muitos só percebem tarde demais.

Continue lendo para ficar bem informado sobre essa fase importante do seu negócio.

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O que é capital social e exemplos

Capital social é o valor que os sócios, ou o empresário individual, comprometem-se a investir no negócio na sua constituição.

Esse valor serve para:

  • Financiar os primeiros meses de operação
  • Determinar a responsabilidade dos sócios perante dívidas
  • Apontar o porte da empresa
  • Influenciar na obtenção de crédito e confiança de parceiros.

Aqui estão alguns exemplos breves e diretos de capital social, ideais para ilustrar diferentes tipos de negócios:

  • Designer gráfico autônomo: R$ 3 mil, para cobrir custos com software, marketing inicial e capital de giro
  • Loja virtual de roupas: R$ 20 mil, incluindo estoque inicial, criação do e-commerce e divulgação
  • Clínica médica de pequeno porte: R$ 150 mil, integralizado em parte com equipamentos e parte em dinheiro
  • Restaurante de bairro: R$ 80 mil, considerando reforma do espaço, móveis, utensílios e capital de giro do estabelecimento
  • Startup de tecnologia em fase inicial: R$ 50 mil, voltados ao desenvolvimento do MVP, registro da marca e despesas operacionais.

Esses valores são hipotéticos. 

Se você pretende abrir uma empresa em um dos nichos acima, deve ajustar o valor conforme o porte, a estrutura e o modelo de negócios da empresa.

Atenção ao definir o capital social: exemplos de erros comuns

Erros na definição do capital social podem resultar em desconfiança do mercado, problemas legais e dificuldades financeiras reais.

A seguir, conheça os cinco erros mais frequentes, veja exemplos e entenda as consequências práticas de cada um.

1. Definir um capital social muito baixo

Esse é o erro mais comum entre micro e pequenos empreendedores.

Na tentativa de economizar ou simplificar o processo de abertura, muitos declaram um capital social simbólico (por exemplo, R$ 1 mil ou R$ 2 mil), sem considerar as necessidades reais do negócio.

Exemplo

Um nutricionista abre uma clínica com estrutura própria, equipamentos, software de gestão, recepcionista e aluguel de sala.

Apesar dos custos iniciais superarem R$ 50 mil, ele declara capital social de apenas R$ 1,5 mil.

Consequências

  • Dificuldade de obter crédito ou firmar parcerias com fornecedores
  • Contradição entre a estrutura física da empresa e o valor declarado pode levantar questionamentos em fiscalizações
  • Risco de parecer uma empresa de fachada, especialmente em processos licitatórios ou contratos maiores
  • Em eventual ação judicial, pode haver desconsideração da personalidade jurídica pela incoerência entre capital e operações.

2. Declarar um capital social muito alto sem ter os recursos

Alguns empreendedores caem no erro oposto, inflando o capital social para impressionar o mercado, mesmo sem ter como integralizar aquele valor.

Exemplo

Dois sócios decidem abrir uma empresa de tecnologia e registram um capital social de R$ 300 mil, mesmo tendo apenas R$ 30 mil em caixa.

Eles prometem integralizar o restante “com o tempo”, mas sem previsão real ou documentada.

Consequências

  • Os sócios respondem legalmente pelo valor total declarado, mesmo que ele nunca seja integralizado
  • Em caso de falência, podem ser cobrados judicialmente pela diferença
  • Distorção contábil no contrato social
  • Perda de credibilidade junto a investidores e instituições financeiras.

3. Não integralizar o capital social declarado

É comum o empresário declarar um valor coerente, mas não fazer o aporte real no caixa da empresa, seja em dinheiro ou bens.

Exemplo

Um consultor abre sua SLU com capital social de R$ 20 mil, mas não transfere esse valor para a conta da empresa nem documenta bens utilizados.

Consequências

  • A empresa opera com capital fictício
  • Em caso de processo ou dissolução da empresa, o empreendedor pode ter bens pessoais atingidos para cobrir o valor prometido
  • Insegurança jurídica em contratos ou parcerias
  • Risco de autuação em auditorias contábeis.

4. Distribuir o capital entre sócios de forma incoerente

Quando há mais de um sócio, é comum encontrar contratos com distribuições de cotas que não refletem a realidade da participação no negócio.

Exemplo prático

Em uma empresa com dois sócios que aportaram valores similares e atuam igualmente na operação, o contrato social declara um com 90% das cotas e o outro com 10%.

Consequências

  • Conflitos societários graves, principalmente na divisão de lucros e tomada de decisões
  • Dificuldade de entrada de novos investidores ou sócios
  • Problemas legais em caso de saída ou falecimento de um dos sócios
  • Questionamento da estrutura societária pelo Fisco ou Justiça.

5. Não registrar alterações no capital social

Empresas em crescimento frequentemente fazem novos aportes ou reestruturações societárias.

O erro é deixar essas alterações informais, sem atualizar o contrato social na Junta Comercial.

Exemplo

Os sócios injetam R$ 100 mil na empresa após seis meses de operação, mas não registram esse aumento oficialmente.

Consequências

  • Dificuldade de comprovar o capital em contratos, financiamentos ou auditorias
  • Invalidação de cláusulas contratuais por divergência entre documentos públicos e realidade da empresa
  • Risco de bloqueio em licitações e emissão de certidões
  • Comprometimento da governança corporativa.

Como evitar esses erros e definir o capital social ideal

A melhor forma de evitar equívocos é planejar o capital social com base na realidade da operação, usando critérios como:

  • Investimento necessário para iniciar e sustentar a empresa por 6 a 12 meses
  • Possibilidades reais de aporte pelos sócios ou titular
  • Tipo de atividade
  • Necessidade de credibilidade para atrair parceiros e clientes
  • Regime tributário pretendido.

O capital social pode ser integralizado em dinheiro, bens ou direitos.

Caso use bens, é essencial descrevê-los detalhadamente no contrato social, com seus respectivos valores estimados.

E sempre que houver alteração, registre oficialmente na Junta Comercial.

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