Problemas fiscais em pequenas empresas não são inevitáveis: o porte da organização não justifica o desleixo com as obrigações tributárias.
Mesmo que o administrativo da empresa seja composto apenas pelo seu fundador ou, então, por um grupo pequeno de colaboradores, a organização fiscal é um fator inegociável.
Aliás, por um lado, podemos até considerar que o pequeno empresário tem menos desculpas para ser negligente nessa área.
Afinal, ele pode enquadrar sua empresa no Simples Nacional, um regime simplificado que facilita o cumprimento das obrigações fiscais de micro e pequenas empresas.
Mesmo assim, os problemas fiscais em pequenas empresas são comuns. E o primeiro passo para evitá-los é se informar.
Acreditamos que é por isso que você está aqui, portanto, acompanhe o artigo para conferir todas as dicas que preparamos para qualificar a gestão do seu negócio.
Boa leitura!
5 problemas fiscais em pequenas empresas
A vida como empreendedor também é marcada por erros e acertos.
Mas a boa notícia é que você não precisa errar diretamente para fazer a coisa certa.
Ao observar condutas que causam prejuízos em outras organizações, você tem lições importantes para qualificar a sua própria atuação.
A seguir, listamos alguns dos mais comuns problemas fiscais em pequenas empresas.
Confira e avalie se isso já aconteceu ou pode acontecer com o seu negócio.
1. Legislação complexa
Embora o pequeno empresário tenha direito a um regime tributário simplificado, como é para quem opta pelo Simples Nacional, a legislação brasileira ainda é bastante complexa e submete o empreendedor a muita burocracia.
Como se já não bastasse isso, as leis, normas e regulamentos mudam com frequência (novas regras de pagamento, atualização de alíquotas e impostos que se unem, somem ou surgem, por exemplo), tornando fundamental estar sempre atualizado.
Você, enquanto empresário, pode até não gostar desse tipo de leitura – e nem estamos dizendo que é preciso devorar a literatura fiscal e contábil.
Mas é seu compromisso estar atento às regras que atingem a sua empresa.
2. Desorganização nos dados
Tão importante quanto seguir o que está determinado em lei é provar à fiscalização que as obrigações estão em dia, o que pode ser exigido quando você menos espera.
Se for o caso, como você vai se sair nessa comprovação?
Se você não pensar em um bom sistema para armazenar e organizar comprovantes, recibos, notas fiscais e outras informações financeiras e contábeis, as chances de cometer um erro na declaração aumentam bastante.
E se for o caso, a mão pesada do Fisco pode surgir com multas e prejuízos no caixa.
3. Perder o prazo de pagamento dos impostos
Aqui, o problema fiscal é bastante óbvio.
O empresário sabe que não pode pagar os tributos quando achar mais conveniente, e sim no período estabelecido pela lei.
Se a organização tem um fluxo de caixa desorganizado e não o integra com o planejamento tributário, porém, pode acabar atrasando um compromisso fiscal para pagar um fornecedor ou outro tipo de despesa.
Quando isso acontece, a empresa fica novamente sujeita a multas e juros e, em casos mais extremos, poderá ter de fechar as portas até regularizar seus débitos.
4. Regime tributário inadequado
Entre os problemas fiscais em pequenas empresas, este é mais difícil de acontecer.
Afinal, o Simples Nacional é o regime mais vantajoso na maioria dos casos.
Mas veja bem: na maioria e não em todos.
Significa dizer que uma análise tributária sempre deve ser feita para confirmar que a adesão ao Simples é mesmo a melhor escolha.
Se for, ótimo.
O Simples Nacional permite pagar todos os impostos em uma só guia.
Porém, como alertamos, em algumas situações, outros regimes tributários podem ser mais vantajosos.
Se a margem de lucro da empresa é pequena, por exemplo, pode valer mais a pena optar pelo Lucro Real, no qual as alíquotas incidem sobre o faturamento líquido.
5. Erros na emissão de nota fiscal
Preencher com pouco cuidado as informações da nota fiscal é um erro comum em empresas de todos os portes.
Comum, mas não inofensivo: cair nessa armadilha pode prejudicar o cálculo dos tributos devidos.
Consequências de problemas fiscais em empresas
A principal consequência dos problemas fiscais em pequenas empresas é financeira: as multas, juros e custos contábeis e jurídicos para regularizar a situação.
Como se não bastasse, ainda há outras.
A empresa que tem dívidas tributárias terá dificuldades para obter crédito e não poderá participar de licitações.
É possível até que seja impedida de emitir notas fiscais por ter um débito em dívida ativa. Em casos mais graves, o administrador pode até ser preso.
Já os problemas fiscais em pequenas empresas de gravidade menor também geram consequências negativas.
A falta de organização dos dados contábeis, por exemplo, é contraproducente, pois serão perdidas horas e mais horas tentando achar as informações necessárias para a declaração.
Por fim, a falta de um planejamento tributário pode levar a empresa a pagar mais do que precisaria ao Estado.
O que fazer para evitar problemas fiscais?
Quer ficar longe de todos os problemas fiscais em pequenas empresas que listamos aqui?
Acreditamos que sim,
Por isso, confira mais algumas dicas para melhorar a sua organização.
Faça um planejamento tributário
O planejamento tributário é uma ferramenta básica para qualquer organização, e ajuda a evitar a maioria dos problemas fiscais em pequenas empresas.
Ele é usado para definir qual será a estratégia fiscal da empresa.
Ou seja, quais as ações que a companhia precisa tomar para cumprir a lei da maneira menos onerosa possível.
Junto com o planejamento tributário, também deve ser feito um calendário para guiar o pagamento dos impostos.
E é importante que ele esteja integrado com o planejamento financeiro, de modo que nenhuma obrigação deixe de ser paga no prazo.
Utilize a tecnologia
O que não falta, hoje, são soluções tecnológicas que facilitam os processos de gestão financeira e contábil.
A começar por um bom software de gestão, que centraliza os dados mais importantes, permitindo que a consulta às informações relevantes para a contabilidade seja mais rápida e eficiente.
Há também soluções que permitem a automação de notas fiscais, o que gera uma economia de tempo e minimiza as chances de erros.
Não significa que você deve contratar toda a tecnologia só por ela estar disponível.
Mas vale muito a pena conhecer as soluções e escolher aquelas que estão alinhadas com as suas necessidades.
Consulte um especialista
Como falamos antes, a complexidade da legislação tributária brasileira é um dos fatores que acabam gerando problemas fiscais em pequenas empresas.
Só que o empreendedor não precisa – e nem deve – interpretar tudo por conta própria.
É para isso que estão aí os profissionais especialistas na área: os contadores.
Você já tem um na sua empresa?
Contador é peça-chave na prevenção a problemas fiscais
Como você pôde perceber lendo este artigo, ser negligente com a gestão contábil da empresa pode levar a consequências bastante negativas.
E o contrário, ou seja, ser responsável e fazer um planejamento tributário criterioso, pode trazer uma série de vantagens competitivas, como a possibilidade de oferecer um preço de venda menor que o da concorrência.
Por isso, recomendamos que você passe a enxergar o contador não como um profissional que faz um serviço chato, porém necessário, e sim como um parceiro estratégico da sua empresa.
Faça a gestão fiscal com a contabilidade online
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